Geometria variável – por João Guilherme Vargas Netto

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O próximo 22 marca o Dia do Músico. A data é comemorada no dia de Santa Cecília, sua padroeira, que, por converter pagãos ao Cristianismo, inclusive seu esposo, foi torturada até a morte, e degolada em 1594. O Papa Gregório XIII a chamou padroeira da Música, por cantar louvores a Deus até seu instante final.

A música nos eleva a um mundo à parte, fora da mesmice do momento, que nos faz sentir a alegria do entretenimento, o frescor do momento, a grandeza da alma e a paixão do amor.

O som inebriante dos instrumentos e a pureza da voz entrelaçam-se como a segurança da verdade, em um instante que mescla a inspiração, o sentimento e a alma daqueles que têm a competência de os unir numa parceria sem ruptura ou desarranjos.
Essa máxima traduz no âmago do ser humano uma química inexplicável e inebriante, capaz de atingir o milagre da felicidade.

Um dia é pouco para entender toda essa magia.

O autor ou o poeta; o músico ou o técnico de som; o cantor ou o coral; o corpo e a alma são componentes de mesma unidade, numa junção de emoções que nos encanta de prazer e convencimento.

A música e o músico não só se traduzem num instante divino sua cumplicidade, como retratam o ocultismo dos segredos das paixões de quem apenas ouve.

A angústia do ouvinte pela ausência de sua participação o reverte em um apreciador refinado, que se insinua a plagiar a obra apresentada como sua arte.

Música é arte completa.

O Músico, o responsável por sua apresentação, interpretação e perpetuação. Responsável pela própria eternização de seu sucesso, a sua CANÇÃO.