Política industrial de Lula versus atraso de SP – Raimundo Suzart

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Ao final de seu primeiro ano de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colhe não apenas o fruto do crescimento econômico e da geração de emprego formal, mas também a retomada de uma série de políticas públicas inovadoras e inclusivas que recuperaram a dignidade das famílias e dos mais vulneráveis, como pessoas em situação de rua, catadores, moradores de comunidades de baixa renda, etc.

Todas essas medidas foram, naturalmente, marcando a diferença de seu governo com a administração anterior e seus afilhados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Lula pensa grande e longe, com os olhos no povo, não discrimina, não ataca, não ofende. A diferença é que Lula governa.

Seus auxiliares diretos e ministros não foram escolhidos porque o bajulam ou porque comungam de todas suas opiniões. Foram escolhidos pela competência e experiência administrativa – boa parte deles são ex-governadores ou possui longa trajetória na administração pública, tendo compromisso com a causa pública e coletiva, com a democracia e a promoção da igualdade e da justiça social.

Os resultados vão aparecendo e, o mais recente deles, é a nova política industrial elaborada no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) em consulta com as entidades representativas do setor, patrões e empregados, entre esses, sindicatos CUTistas de metalúrgicos, químicos e petroquímicos, construção civil e outros.

A proposta inova ao articular investimentos com vantagens ambientais competitivas, modernização do parque industrial, inovação tecnológica, integração energética, necessidades sociais, pesquisa e desenvolvimento, educação de alto nível e distribuição no território. A comparação é inevitável e a constatação vem a seguir: o estado de São Paulo ficou para trás!

Sob o governo de Bolsonaro com Tarcísio ministro, empresas multinacionais, como a Ford (EUA) e a Holcim (Suíça), deixaram o país. A debandada de empresas do estado de São Paulo continua sob o governo de Tarcísio, mais preocupado em privatizar empresas rentáveis como a Sabesp e o Metrô, do que atrair novos investimentos industriais, como faz Lula.

O estado que foi, outrora, o motor industrial do país, vai ficando para trás enquanto for governado por políticas neoliberais orientadas pelos interesses do setor financeiro. São Paulo precisa mudar para voltar a ser uma potência industrial.

Raimundo Suzart, Presidente da CUT São Paulo.