Avança negociação salarial para setor do ensino superior privado

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Depois de manter-se irredutível quanto ao reajuste salarial em praticamente todas as inúmeras e exaustivas sessões de negociações nesta campanha salarial dos professores e auxiliares no ensino superior privado, o entendimento sobre firmar uma Convenção Coletiva de Trabalho com vigência de dois anos, mantendo inalteradas as cláusulas já existentes e preservando as principais conquistas, abriu a possibilidade da troca de propostas sobre a recomposição salarial.

Na rodada de negociação desta quarta, 12/8, a bancada patronal apresentou uma proposta de reajuste salarial dos trabalhadores. Considerando que “massa salarial” e “base salarial” são dois conceitos financeiros envolvidos em uma negociação sindical, a proposta formulada nesta pelas mantenedoras representa uma recomposição apenas parcial dessas duas grandezas. Insistem os mantenedores em não reconhecer parte da defasagem salarial vivenciada pelos trabalhadores em IES.
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A proposta patronal está em análise pelas Federações e respectivos Sindicatos.
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Importante reafirmar que as propostas apresentadas, ou as que vierem a ser formuladas por ambas as representações sindicais, deverão cobrir o período de dois anos – de março de 2020 até o final de fevereiro de 2022 – como já foi determinado para a duração das demais cláusulas da coletiva de trabalho, o que é um sensível avanço nas negociações desta campanha salarial 2020.

Celso Napolitano, da Fepesp, que coordena a comissão de negociação dos trabalhadores, afirma que será apresentada uma contraproposta ao lado patronal. “Ainda há espaço pra negociar”, disse Napolitano ao final da rodada de negociação desta quarta.
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“As instituições de ensino superior estão promovendo um rearranjo de seus custos e mão de obra, que são os maiores em uma planilha de empresa de serviços, com demissões, redução de carga horária e ensalamento de alunos”, diz.

O lado patronal recusava-se a apresentar qualquer proposta de reajuste alegando dificuldades econômicas devido ao enfrentamento da pandemia. Mas, ao mesmo tempo, é preciso reconhecer que os trabalhadores também estão sofrendo com a crise.

A contraproposta dos Sindicatos deverá ser apresentada ao lado patronal em nova rodada de negociações na próxima semana, com o propósito de se chegar a um conjunto de propostas de renovação da convenção coletiva de professores e auxiliares, que possa ser deliberada em uma assembleia da categoria até final de agosto.

Celso Napolitano é presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo