Por votação eletrônica 78,37% dos bancários aprovaram a Convenção Coletiva da categoria. Percentual considera apenas os resultados daqueles sindicatos que utilizaram a ferramenta disponibilizada pela Contraf-CUT. Assinatura do documento ocorreu nesta sexta (2).
Antes do acordo entre os trabalhadores e a Fenaban (representante dos bancos) foram realizadas 22 rodadas de negociações. Os bancos se negavam a atender as demandas da categoria. Porém, após meses de negociação, os bancários conquistaram aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) para salários, PLR, VA/VR.
SALÁRIO – O acordo aprovado vale para 2022 e 2023 e obteve vitórias importantes para a categoria. Reajuste de 8% nos salários, aumento de 10% nos vales-alimentação e refeição, além de um adicional de R$ 1.000,00 em vale-alimentação, a ser creditado até outubro.
“Conseguimos que os bancos dessem aumento acima da inflação para os vales-alimentação e refeição, um dos anseios que a categoria nos demonstrou na Consulta Nacional dos Bancários”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.
PLR – A proposta também prevê, para 2022 e 2023, reajuste de 13% para o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
“Com o constante crescimento nos lucros dos bancos, o aumento do teto da parcela adicional da PLR possibilita maiores ganhos para os trabalhadores”, completa Juvandia
TELETRABALHO – A nova Convenção também avança nesta questão. Agora, além da ajuda de custo, os bancos terão de ter maior controle sobre a jornada para todos os trabalhadores que atuam em home office. Eles também ficam obrigados a fornecer manutenção dos equipamentos e assegurar o direito à desconexão para que gestores não demandem os trabalhadores fora do horário de expediente.
ASSÉDIO SEXUAL – após os escândalos que envolveram o ex-presidente da Caixa Federal, a prevenção ao assédio sexual e moral ganhou ainda mais força durante as negociações da nova Convenção.
Agora, uma nova cláusula sobre assédio sexual fará repúdio a esta prática e os gestores e empregados passarão por treinamento para precaução e esclarecimento sobre medidas cabíveis pelos bancos.
Também está em debate a participação das entidades sindicais no canal de denúncias a ser criado, assim como o acompanhamento dos casos pela comissão bipartite de diversidade, que já existe.
MAIS – CONTRAFCUT e Sindicato
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