“A fé move montanhas”. A passagem bíblica, transformada em dito popular, agora deverá ter reajuste. Isso porque o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou durante evento religioso que a fé e a crença possibilitarão o País de vencer a inflação e o desemprego.
“Com muitos problemas que temos enfrentado e que não estavam previstos, como a pandemia e seus reflexos, uma crise de falta d’água como não visto na história do Brasil. O povo tem sofrido com isso: tem inflação, tem desemprego. Tem dias realmente angustiantes. O que posso dizer aos senhores? Com fé, com vontade, com crença, podemos superar esses obstáculos”, disse Bolsonaro.
Apesar da falta de ação política do presidente, dessa vez as crises foram reconhecidas. O desemprego apresenta números alarmantes. A cada pesquisa feita sobre o tema, aumenta o número de trabalhadores desempregados e desalentados.
Dados do último levantamento apontam que são 14,8 milhões de brasileiros em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho. A população desalentada – aqueles que já desistiram de encontrar um emprego devido às condições do mercado – somam 6 milhões.
Inflação – Bolsonaro também reconheceu a inflação em alta. Os índices apontam crescimento de 8,99% nos últimos 12 meses, com seguidas elevações nos preços da cesta básica de alimentos, combustíveis e contas de energia.
Outro item que tem sofrido reajuste constante é o gás de cozinha. Pensando nesse cenário, os metalúrgicos de São Paulo, ligados à Força Sindical, iniciaram sua Campanha Salarial e uma das reivindicações dos trabalhadores é justamente o vale-gás.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical e dos Metalúrgicos de SP, afirma: “O preço do gás virou sinônimo de carestia. Em qualquer rodinha em porta de fábrica ou na família, o preço do gás está sempre presente”.
O dirigente conta que a reivindicação pelo vale-gás é para que os trabalhadores recebam todo mês um abono no valor do botijão, que chega a custar R$ 110,00. “Tradicionalmente, em épocas de pico inflacionário, o movimento sindical reivindica algum abono. Penso que o vale-gás é o abono dos tempos atuais”, conclui Miguel.
MAIS – Força Sindical.