As Centrais Sindicais divulgaram Nota nesta quinta (19) em apoio à greve dos trabalhadores da MRV-Campinas, que estão de braços cruzados há 38 dias. Eles reivindicam pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) e condições dignas de trabalho.
De acordo com as Centrais, a construtora se recusa a pagar o benefício reivindicado pelos operários no valor de R$ 6 mil. “Aliás, trata-se apenas do valor aproximado de um metro quadrado de obra pronta, residencial, vendido naquela região”, diz o documento.
As entidades denunciam, ainda, que o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) já realizaram mediações. Apesar disso, a MRV mantém-se intransigente e recusa as propostas apresentadas pelos órgãos trabalhistas.
NOTA – Leia abaixo a íntegra.
Centrais Sindicais apoiam a Greve na MRV!
As dez Centrais Sindicais brasileiras vêm a público declarar seu irrestrito apoio a greve dos Operários e Operárias da MRV em Campinas-SP.
A greve é justa e legítima, já dura 38 dias, e parte da exigência para que a empresa pague uma PLR no valor de R$ 6 mil.
Que, aliás, trata-se apenas do valor aproximado de um metro quadrado de obra pronta, residencial, vendido pelas construtoras naquela região.
Durante esses dias, através do MPT e também do TRT, já foram realizadas duas mediações. A MRV, com uma postura de absoluta intransigência, recusou às propostas apresentadas pelos órgãos trabalhistas nessa tentativas de conciliação. Da parte dos trabalhadores, inclusive, registrou-se concordância formal em pelo menos uma dessas ocasiões.
A luta também exige condições mais dignas de trabalho pois, como denuncia o Sinticom, que está à frente da mobilização, também faltam copos descartáveis, álcool em gel e até papel higiênico para os trabalhadores.
Demostrando sua ganância e atitude antisindical e na tentativa de desmobilizar o movimento, a MRV, além de não pagar a PLR, não depositou o adiantamento dos salários dos trabalhadores. Isso é uma prática absurda e inaceitável, afinal a greve é um direito e está em curso sua análise nas esferas da justiça do Trabalho. A greve segue forte, diferente do desejado pela MRV!
Por tudo isso e em defesa dos direitos, do respeito e da dignidade desses trabalhadores e trabalhadoras é que apoiamos essa greve, repudiamos a intransigência da MRV e solicitamos celeridade da Justiça do Trabalho no julgamento dessa causa justa e legítima de nossa classe.
São Paulo, 19 de agosto de 2021
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da Pública, Central do Servidor
Mané Melato, Intersindical instrumento de Luta