O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reduziu pela metade o valor do Auxílio Emergencial. Agora, ao invés dos R$ 600,00 conquistados através da luta sindical, o governo paga apenas R$ 300,00. Além disso, muitos perderam o direito ao benefício.

Com isso, quem paga a conta é a população mais pobre do País, que enfrenta agora super inflação e disparada no preço da comida. Em outubro, a prévia da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) foi de 0,94%, o dobro da registrada em setembro e a maior alta em 25 anos.

De acordo com o Índice, os alimentos responderam por metade da inflação, com alta de 22,34% no óleo de soja; 18,48% no arroz; 4,83% na carne bovina e 4,26% no leite longa vida, itens essenciais para o sustento das famílias.

Segundo o boletim Focus, do Banco Central, as estimativas para o restante do ano e para o próximo são ainda piores. Para 2020, a previsão é de até 3,02% e para 2021 até 3,11%. Isso sem contar que, para o próximo ano, não está previsto mais nenhuma parcela do Auxílio Emergencial.

Manifestações – Com a redução do valor do Auxílio, sindicalistas realizaram ato nesta terça, 3, em frente ao gabinete regional da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista. Os manifestantes fazem pressão para que o Congresso Nacional vote a Medida Provisória 1.000/2020 e restabeleçam o valor de R$ 600,00 do benefício.