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sábado, 24/05/2025

Caged de agosto confirma tendência e mostra empregos em alta

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Em agosto, o País registrou saldo positivo de 220.844 empregos com Carteira assinada. É o que mostra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego referente a agosto.

Em oito meses, surgiram 1,38 milhão de vagas. Agosto é segundo melhor resultado mensal de 2023, atrás apenas de fevereiro, com 250.385 vagas formais.

No ano, as admissões alcançaram 15.937.956 postos. Desligados14.549.894 trabalhadores.

Avaliação – Para Rodolfo Viana, do Dieese, a economia já reflete o conjunto de medidas do governo Lula. Ele diz: “Vale contar o Desenrola Brasil, o novo salário mínimo e a estabilidade política. Isso cria um ambiente para contratações.”

Segundo o economista, que também responde pela subseção do Dieese nos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, o item que ainda pode atrapalhar é a Taxa Selic alta. “O motor pulsa e roda, mas o Banco Central insiste em puxar o freio de mão,” critica.

O estoque de empregos formais chegou a 43,8 milhões em agosto, uma variação de 0,51% em relação ao mês anterior. Trata-se, no entanto, do maior valor já registrado na série histórica entre junho de 2002 a 2019, quanto foi organizado o novo Caged.

Salários – O salário médio de admissão foi de R$ 2.037,90. Ou seja, alta real em relação a julho de 2023 (R$ 2.036,63). No segmento masculino, R$ 2.116,47. No feminino, R$ 1.924,51.

Comparado a agosto de 2022, houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor havia sido de R$ 2.028,94.

Setores – Segundo Rodolfo Viana, o Caged chama atenção para a distribuição de vagas por setor. “É muito positivo que reagiram a construção civil – com as obras grandes e pequenas – bem como a indústria no geral”, salienta.

O segmento de serviços foi o maior gerador em agosto – 114.439 postos. Depois, vem comércio, com 41.843. A indústria gerou 31.086 vagas. E a construção, 28.359. Pra comparar, em julho, o saldo positivo na construção civil ficou em 25.423, enquanto a indústria teve saldo foi 21.254 novos postos.

Estado de SP teve o melhor desempenho, gerando 65.462 postos. Depois, Rio de Janeiro – 18.992.

Alta – Para o economista do Dieese, a tendência positiva permanecerá até o final do ano. “Há indicação de novos cortes de juros, influenciando mais contratações,” afirma Rodolfo.

MAIS – Acesse do site do Caged/MTE.

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