No dia 18, o jornal O Estado de S. Paulo publicou grave denúncia sobre a utilização de verbas do Ministério da Educação (MEC) para beneficiar aliados do presidente Jair Bolsonaro.
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Depois, a Folha de S. Paulo publicou áudio vazado do ministro Milton Ribeiro afirmando que sua prioridade é atender municípios que mais precisam.
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“E, em segundo lugar, atender a todos que são amigos do pastor Gilmar. Porque foi pedido especial que o presidente da República fez pra mim”, afirma o titular da Pasta nos áudios.
Segundo a professora Francisca Rocha, secretária-adjunta na CTB, somente essa divulgação do áudio do ministro Milton Ribeiro seria o suficiente para sua demissão sumária e instauração imediata de inquérito policial, a fim de investigar a grave denúncia.
“Para além de um esquema eleitoreiro, a criação de um gabinete paralelo no MEC, com poder de destinação de verbas, é algo jamais visto na história do País.
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Nem a ditadura militar chegou a esse tipo de crime”, afirma a sindicalista.
De acordo com a professora, fica difícil de acreditar que os cortes nos investimentos em bolsas de estudo para pesquisas e desenvolvimento da ciência, cortes nas verbas das universidades federais, na educação básica e a tentativa de barrar qualquer reajuste no Piso dos Professores seja por conta de uma crise econômica. “Mas para ter dinheiro a ser distribuído aos amigos e cabos eleitorais”, sugere a dirigente.
Investigação – Na visão de Francisca Rocha, o Ministério Público Federal tem obrigação de investigar essa denúncia contra o titular do MEC, que envolve diretamente o presidente da República.
“A oposição já protocolou denúncia ao Supremo Tribunal Federal. O Brasil espera investigação rigorosa e rápida. O País precisa de uma resposta urgente e um freio aos desmandos do atual governo”, conclui a professora.
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