Quíron, protegido de Hércules, conhecia plantas medicinais e curava ferimentos. Certa feita curou um amigo de Hércules, machucado por uma flecha envenenada. O semideus ficou feliz com o gesto de Quíron.
O centauro é metade cavalo e homem da cintura pra cima. Os gregos, que sabiam tudo, ensinavam ainda na Antiguidade que o homem tem natureza híbrida.
A evolução, queriam mostrar, está na capacidade em sobrepor a parte humana à base animal, equina.
Essa luta entre os dois traços da natureza humana é antiga. Quíron, membro da violenta trupe dos centauros, estudou as plantas e foi, digamos, um médico rudimentar.
Ou seja, foi além da condição bruta e animal. Portanto, era pelo conhecimento que ele se distinguia do grupo violento e tosco.
Certa feita, os centauros apareceram numa festa de casamento. Hércules pediu que não lhes servissem vinho, pois ficariam violentos e incontroláveis.
Serviram. E os centauros violentaram a noiva. Hércules matou todos, mas poupou o centauro que havia curado seu amigo envenenado.
O que salvou Quíron? O conhecimento. O conhecimento aplicado. O conhecimento oriundo do empenho de Quíron em romper o círculo de ferro da ignorância.
No século XX, o educador Reuven Feuerstein desenvolveu métodos de aprendizagem capazes de modificar não só tabus, mas também dificuldades genéticas. Certa feita, disse: – Mais importante que saber é saber o que fazer com esse saber.
Dele, a Agência Sindical extraiu o conceito – e nosso slogan – “Saber é poder!” O centauro grego e o educador judeu (ver abaixo) norteiam nossos procedimentos. Agregue-se a isso uma orientação de João Guilherme Vargas Netto: “A informação deve ajudar a organizar a cabeça das pessoas”.
Criação – Quem desenhou nosso Quíron foi o músico Roberto Bach, com uma caneta BIC em não mais que 10 minutos.
MAIS – Feuerstein viveu entre 1921 e 2014. Ele estudou na Universidade de Genebra sob orientação de Jean Piaget, André Rey, Barbel Inhelder e Marguerite Loosli Uster e é um seguidor de Lev Vygotsky.
Ele foi o presidente do Centro Internacional pelo Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem (ICELP) em Jerusalém. Os conceitos de que a inteligência é plástica e modificável, e que a inteligência pode ser pensada, são centrais na Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural, de sua autoria.