21.7 C
São Paulo
quarta-feira, 28/05/2025

Centrais Sindicais repudiam misoginia patronal

Data:

Compartilhe:

As Centrais abaixo-assinadas repudiam a atitude da Confederação Nacional da Indústria e da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo de tentar destruir no Supremo Tribunal Federal a Lei 14.611/2023, a Lei da Igualdade Salarial.
A referida lei é fruto de uma demanda histórica não apenas do movimento feminista, mas de todo o movimento dos trabalhadores, que, por princípio, luta por igualdade e justiça em todos os aspectos da sociedade.
Além disso, é importante ressaltar que não se trata de um projeto de um governo ou de uma parcela da sociedade, mas que foi aprovado por ampla maioria no Congresso Nacional, com apoio de partidos de diferentes orientações políticas.
As entidades patronais, que representam empresas que frequentemente fazem propaganda de como apoiam a igualdade e o respeito às mulheres, argumentaram na ação de que a lei desconsidera casos em que a diferença salarial é, sim, justificada.
Levando-se em consideração de que a Lei da Igualdade Salarial deixa claro que os salários devem ser iguais para pessoas que desempenham a mesma função e cumprem a mesma carga horária, fica claro o absurdo do argumento, uma vez que nada justificaria tal diferença a não ser, justamente, a questão de gênero.
Os representantes patronais desconsideram até mesmo dados econômicos que seriam relevantes para seus próprios interesses, uma vez que estudos demonstram que o fim de práticas discriminatórias contra as mulheres no mercado de trabalho estimularia o crescimento econômico, conforme apontou relatório recente do Banco Mundial.
Esperamos que a CNI e CNC retirem a ADI junto ao STF e, além disso, conscientizem-se de fato da importância de haver igualdade salarial e de oportunidades para as mulheres do Brasil.
São Paulo, 14 de março de 2024
Sérgio Nobre, Presidente da CUT. Miguel Torres, presidente da Força Sindical. Ricardo Patah, presidente da UGT. Adilson Araújo, presidente da CTB. Moacyr Tesch Auersvald, Presidente da Nova Central Sindical. Antonio Neto, presidente da CSB e Antonieta da Faria, Secretária da Mulher da CSB.

Conteúdo Relacionado

Metroviários de SP comemoram acordo e sede

Os metroviários de São Paulo comemoram dupla conquista neste mês de maio, data-base da categoria. Quarta, dia 21, os trabalhadores aprovaram o acordo coletivo...

Professores do Ensino Superior cogitam greve

Docentes do Ensino Superior do Estado de São Paulo, rede privada, rejeitaram contraproposta patronal e decidiram deflagrar greve, com início previsto para 2 de...

Comerciários participam do Dia do Desafio

Nesta quarta (28), o Sindicato dos Comerciários de São Paulo abre suas portas para o Dia do Desafio. Evento é coordenado pelo Sesc São...

Construção fecha acordo com ganhos reais

Negociação entre o Sindicato (Sintracon-SP) e o patronato conquistou aumento real acima do INPC, com reflexos em todas as formas de remuneração. O Vale-Alimentação subiu 8%. Convenção Coletiva entrou em vigor dia 1º de maio. O porcentual de reajuste salarial negociado foi de 6%.

CNTA cobra cumprimento de NR do setor frigorífico

A Norma Regulamentadora 36, que trata do trabalho em frigoríficos, completou 12 anos em abril. Contudo, muitas empresas seguem descumprindo regras do setor, o...