Cesta básica sobe. Leite dispara | Inflação persiste. Aumento nos preços, principalmente dos alimentos, estrangula os orçamentos das famílias e agrava a fome. Segundo o Datafolha, de cada quatro brasileiros, um diz não dispor de alimentos o suficiente.
Cesta – O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em nove das 17 Capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Entre maio e junho, as maiores altas ocorreram em Fortaleza (4,54%) e Natal (4,33%). Já a redução mais expressiva foi em Porto Alegre (-1,90%).
São Paulo lidera. É a Capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo, chegando a R$ 777,01.
Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, foi registrado menor valor médio em João Pessoa (R$ 586,73).
Comparação entre junho deste ano e de 2021 mostra que todas as Capitais tiveram alta, com variações entre 13,34%, em Vitória, e 26,54%, em Recife. Neste ano, o custo da cesta subiu em todas as cidades, com destaque para Aracaju (15,03%) e Recife (15,02%).
Mínimo – Levando-se em conta a norma constitucional segundo a qual o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo.
Em junho, o necessário pra manter família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.
527,67, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em junho de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o valor vigente.
Leite – Um dos vilões do custo de vida tem sido o leite. Seu preço subiu, em média, 20,97%.
MAIS – Clique aqui e acesse a pesquisa da cesta básica completa.