Segue a luta pra evitar o desmonte da NR-36, norma que regula intervalos e condições de trabalho no setor de frigoríficos. Até o momento, vigora liminar obtida em prol das garantias. “A iniciativa é do governo, mas a pressão vem dos frigoríficos”, explica Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação-CNTA Afins.
Segundo o dirigente, o Ministério Público do Trabalho também atua ativamente pró-NR-36. Há um detalhe curioso, que é o emprego de indígenas em frigoríficos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “Os índios são protegidos por legislação específica. Portanto, o Ministério Público está atento para preservar essas garantias”, diz.
Artur explica que a NR-36 é abrangente, mas incomoda o patronato dos frigoríficos o item que garante parar pra descansar 20 minutos a cada uma hora e 40 minutos. Artur Bueno comenta: “O trabalhador precisa sair de sua seção, respirar fora do ar condicionado, tomar sol, se alongar. Se não sua saúde fica comprometida. Mas o patronato vê nisso perda na produtividade e de lucro”.
Lactalis – Segue o impasse nas negociações com a maior empresa de laticínios do mundo. Embora seus produtos tenham subido de preço, a multinacional francesa não quer recompor as perdas salariais.
Carestia – O sindicalista também comenta o impacto da carestia na vida dos trabalhadores. Ele alerta: “O aumento nos preços, na prática, arrocha o poder de compra. As perdas salariais dos trabalhadores estão se acumulando”. Para o presidente da CNTA Afins, “o tema carestia precisará ser tratado com ênfase na Conclat, dia 7 de abril”.
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