O Brasil tem Estado, leis e sindicalismo forte. Quem sente isso na pele é a montadora General Motors – GM, obrigada pela Justiça do Trabalho a cancelar as 1.245 demissões nas plantas de Mogi das Cruzes, São Caetano e São José dos Campos.
Sábado (4), a GM anunciou o cancelamento das 1.245 demissões – um dia depois do Tribunal Superior do Trabalho rejeitar pedido de liminar da montadora pra manter as demissões.
Mais: a GM informa que fará reunião, na tarde desta segunda (6), com os três Sindicatos afetados e que já adota procedimentos administrativos pra reverter as demissões.
Ilegalidade – Um dia após as demissões de São José serem canceladas, a desembargadora do Trabalho, Sueli Tome da Ponte, que revogou as demissões em Mogi e São Caetano, apontou “flagrante a ilegalidade da dispensa”.
Seu parecer se apoia no Supremo, no julgamento do Tema 638, segundo o qual: “A intervenção sindical prévia é exigência imprescindível para a dispensa em massa, que não se confunde com autorização prévia pela entidade sindical ou celebração de convenção ou acordo coletivo”.
Vitória – O vice dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano, afirma: “A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das três cidades. Foram 13 dias de greve e muita união. A categoria mostra sua força”.
Assembleia – O Sindicato convoca os trabalhadores dos três turnos da GM pra assembleia na segunda (6) de manhã no bolsão da S10.
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