Os 140 funcionários demitidos da CNN Brasil divulgam, nesta quarta (7), carta sobre os cortes realizados pelo canal de notícias. As demissões aconteceram dia 1º de dezembro, data-base da Convenção Coletiva de Trabalho para jornalistas de emissoras de rádio e televisão de São Paulo.
Foram desligados diretores, âncoras, comentaristas, analistas, editores, produtores, repórteres, redatores, designers, integrantes das equipes de redes sociais, além de secretárias e técnicos que atuavam nos estúdios.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) foi acionado. “No dia 1º de dezembro recebemos informações das demissões na CNN Brasil. Em poucas horas, dezenas de jornalistas que trabalhavam na sede da emissora perderam seus empregos. Só em SP, foram cerca de 40 demissões”, informa o presidente do SJSP, Thiago Tanji.
Nesta quarta (8), o Sindicato realizou assembleia virtual com os profissionais demitidos para discutir coletivamente as possibilidades. “Também teremos uma reunião com a CNN Brasil. Na avalição do Sindicato se configura demissão em massa. Neste caso, a empresa estava obrigada a dar ciência à entidade sindical sobre a intenção de demitir. O que não foi feito”, conta o sindicalista.
Denúncias – Em carta divulgada à imprensa, os profissionais denunciam que a empresa burlou as horas extras e assediou jornalistas com seguranças para impedir que eles se despedissem dos colegas na Redação de São Paulo.
Os funcionários também criticam no documento promessas não cumpridas por parte da direção, entre elas, a manutenção total da equipe de digital da CNN. “Teve caso, de profissional dispensado chegar a ter promoção anunciada por superiores 15 dias”, completa o presidente do SJSP.
Na carta, os demitidos pedem ainda aumento do tempo de extensão do plano de saúde oferecido pela CNN Brasil, que será mantido por apenas 36 dias.
Também está em estudo por parte dos funcionários demitidos uma ação coletiva trabalhista.
Mais – Site do SJSP (https://www.sjsp.org.br/)