Desatolando o carro | Passamos os últimos dois anos como se estivéssemos em um carro no atoleiro. As coisas não andaram, foi a pandemia que insiste em ficar conosco, foi abrir e fechar o comércio, foram as mortes dos companheiros que a Covid nos levou.

Quando pensávamos que íamos seguir em frente, vinha uma nova onda da pandemia e toda a história se repetia.

Para piorar, a inflação não parou de subir, a gasolina aumentava a todo o momento, as coisas nos supermercados disparavam, o desemprego continuou alto e, como em um voo de galinha, quando as coisas melhoravam um pouco, logo depois ia tudo para o chão novamente.

É como o carro atolado, a gente acelera um pouco, parece que vai sair, mas aí o buraco fica mais fundo e ele atola ainda mais.

Mas, em algum momento, a gente consegue sair do atoleiro. E parece que 2022 será o momento de sairmos desse atoleiro.

As vacinas, uma grande conquista da ciência, foram pesquisadas, testadas e colocadas para uso em tempo nunca visto na história da humanidade, e elas são uma grande porta de saída para todos nós.

De outro lado, a força do povo brasileiro, em especial dos trabalhadores, está colocando a máquina para girar.

Nós, representantes dos comerciários, temos contato direto, olho no olho com a categoria. Não falamos de dentro de uma sala com ar-condicionado, longe do que acontece nas ruas. A nossa percepção vem das ruas, dos shoppings, dos armazéns de logística.

Na outra ponta, também temos contato com os representantes patronais, alguns cordiais e preocupados com os empregados, bem como com o futuro de suas empresas, pois sabem que está cada dia mais difícil encontrar bons profissionais, por isso os valorizam.

Também há representantes de empregadores que não estão nem aí para os funcionários. Para esses, nós tentamos mostrar a realidade, mas ultrapassados que são, não conseguem perceber que a tática de desprestigiar os sindicatos e os empregados irá se voltar contra eles mesmos.

Nesses casos, a saída é a negociação direta com as boas empresas e ações na Justiça.

Pois bem, é a partir dessas impressões que formulamos nossas estratégias, fazemos nossos planejamentos e tiramos as nossas conclusões.

Nos dedicamos a essa tarefa, sabemos da importância dela e vamos lutar, como sindicato “raiz”, para que os comerciários tenham dias melhores, seja o qual for o governo de plantão.

A tarefa de sair do atoleiro não e fácil, nós sabemos, mas sairemos dessa muito maiores do que entramos, com mais experiência, novas habilidades profissionais e uma visão diferente da vida. Por isso vamos desatolar esse carro chamado Brasil e encarar a estrada que está à nossa frente, que é longa, mas poderemos chegar a bons lugares por ela.

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