Caiu o preço da cesta básica em 10 das 17 Capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese. Pela pesquisa divulgada dia 6, o salário mínimo eleva o poder de compra.
Dados – Maiores quedas ocorreram em Goiânia (-5,04%), Brasília (-2,29%) e Vitória (-2,08%). Altas no Recife (5,79%), Natal (5%), João Pessoa (4,12%), Aracaju (2,41%), Campo Grande (0,84%), Florianópolis (0,84%) e Salvador (0,26%). Em SP, os alimentos básicos somam o maior custo (R$ 783,05). Depois, Porto Alegre (R$ 773,56) e Florianópolis (R$ 771,54).
O tempo médio necessário pra se adquirir os produtos da cesta básica caiu de 113 horas e 19 minutos, em maio, pra 113 horas e 13 minutos, em junho.
Motivos – Segundo a economista Patrícia Costa, do Dieese, a queda nos preços de alimentos se explica pela redução na carne bovina de primeira. “A carne tem um peso grande na mesa do brasileiro”, afirma.
E por que o preço da carne baixou? Patrícia cita a queda da inflação e no valor de insumos. O preço da saca de milho caiu quase 38%; da soja, em torno de 30%. O custo dos grãos usados pra alimentar os animais está diretamente relacionado ao preço das proteínas.
Segundo Patrícia, isso impactou diretamente nos preço das carnes, leite e do óleo de soja, principalmente. Dados do Dieese mostram que o valor do óleo de soja caiu em todas as Capitais. Já o valor médio do quilo da carne bovina de primeira teve redução em 15 cidades.
Mínimo – Quando se compara custo da cesta e salário mínimo, vê-se que o trabalhador comprometeu em média, no mês de junho, o equivalente a 55,63% do rendimento pra adquirir os produtos alimentícios básicos. Em junho de 2022, esse percentual era de 59,68%.
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