A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (CNTA Afins), com a Contac-CUT e UITA, enviou ofício nesta semana aos ministros do Trabalho e Previdência, Saúde e Casa Civil. O documento solicita o fim da programação do governo de revisar a Norma Regulamentadora (NR) 36, que garante saúde e segurança aos empregados em frigoríficos.

Segundo o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, o governo tenta mexer na Norma por pressão do patronato, que põe em segundo plano a proteção à saúde dos seus funcionários. Artur alerta: “Essa NR 36 serve justamente pra que o trabalhador usufrua de intervalos. Resistiremos pra manter a proteção aos companheiros dos frigoríficos”.

O setor emprega mais de 500 mil em todo o País. O sindicalista critica: “Revisar essa Norma, com a pandemia e a chegada da variante ômicron, além do surto de Influenza, agride o trabalhador e sua família”.

O ambiente laboral nos frigoríficos tem características específicas. “As temperaturas são muito baixas e há pouca ventilação. Com o avanço da variante ômicron, se não houver intervalo de 20 minutos a cada uma hora e quarenta minutos, o funcionário será afetado. A pausa está prevista na NR. E é um dos pontos que incomodam o empresariado”, conta o dirigente.

Debate – Em 2021, o Senado e Assembleias Legislativas abriram consulta pública pra ouvir a população e debater o tema. Artur Bueno de Camargo afirma: “Tivemos apoio de procuradores, juízes do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho”.

MAIS – Acesse o site da CNTA Afins.​