Mais de 70% dos trabalhadores dos Correios estão em greve nacional desde o dia 17. Eles protestam contra alteração de 70 das 79 cláusulas do Acordo Coletivo da categoria e a privatização de sistema.
Na segunda (31), representantes dos ecetistas participaram de reunião com a ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Kátia Arruda. Ela será a relatora do processo de dissídio coletivo, instaurado após negativa da empresa em aceitar acordo de conciliação.
Enquanto aguardam a data do julgamento, os Sindicatos mantêm a mobilização e promovem ações solidárias para ajudar a quem precisa e denunciar a situação à população.
Em Bauru, o Sindicato realizou ato solidário na manhã da terça (1º), em frente à Superintendência Regional dos Correios. De lá, os manifestantes seguiram em carreata até o Hemonúcleo do Hospital de Base para um mutirão de doação de sangue.
No Maranhão, trabalhadores se reuniram em frente à sede do Sindicato para protestar e dialogar com a população. Nesta quarta, a categoria participou, às 8 horas, de ato em frente à Agência central da Cidade Operária.
No Rio de Janeiro, o Sintect realizou ato com distribuição de carta aberta à população no bairro da Tijuca, na capital, e no interior do Estado, na cidade de Itaperuna. A atividade contou com apoio dos estudantes.
Em São Paulo e Tocantins, trabalhadores realizaram piquetes pra explicar a importância da greve total da categoria a fim de manter os direitos e os empregos.
Elias Cesário, o Diviza, vice-presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Correios (Findect) e presidente do Sintect-SP defende o fortalecimento da greve até o julgamento do Dissídio Coletivo pelo TST. “A mobilização da categoria é fundamental para mostrar aos ministros do TST e à população a situação desesperadora da categoria”, ele afirma.