Entidades em defesa da educação pública comemoraram a iniciativa do Ministério da Educação de suspender o Novo Ensino Médio (NEM). O anúncio foi feito terça, dia 4, pelo ministro da Educação, Camilo Santana. Para educadores, o novo modelo de ensino deve dar lugar a outra proposta.
Segundo Heleno Araújo, presidente da Confederaão nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), para revogar a Lei 13.415 será necessário um novo projeto.
“Lutaremos para que o grupo de coordenação que discute o ensino médio intensifique o trabalho nos próximos 90 dias e pense em um novo projeto a ser enviado ao Congresso Nacional “.
Carta Aberta – Em junho passado, mais de 300 entidades assinam Carta Aberta. O documento pede a revogação da Lei do Ensino Médio, aprovada durante o governo Temer. A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fespesp) também é signatária.
Para o professor Celso Napolitano, presidente da Fepesp e do SinproSP (Sindicato dos Professores de São Paulo), o novo modelo precariza o aprendizado. “É uma lei que não encontra respaldo na realidade. Tem escola que não tem sala de informática ou mesmo biblioteca”, explica.
Celso Napolitano afirma que “esse novo ensino veio com a promessa de flexibilizar a oferta de disciplinas, mas essa promessa não ocorre porque as escolas não conseguem oferecer os itinerários educacionais”.