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quinta-feira, 21/11/2024

Falta de equipamentos de proteção condena servidores da saúde e população

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Em tempos de coronavírus, trabalhadores da saúde enfrentam dura batalha no cotidiano. Na linha de frente em plena pandemia, eles convivem com a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de testes para saber se contraíram a Covid-19.

Quem denuncia a situação é o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP). Maria Aparecida de Deus, presidente do Dieese e diretora do Sindicato, informa que muitos profissionais foram afastados por suspeita da doença. Ela diz: “A situação é grave. Porque não temos como mensurar a quantidade e nem quem está realmente contaminado. Não temos testes e os que fizemos, estão com os resultados atrasados”.

Para Maria Aparecida, a situação coloca em risco os profissionais e a população. “Se não tivermos segurança para trabalhar, como fica?”.

Afastamento – Outra reivindicação do SindSaúde-SP é o afastamento dos trabalhadores que fazem parte do grupo de riscos, como funcionários acima de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, cardiopatias, diabetes e profissionais que estejam em tratamento médico que deprimam o sistema imunológico.

Presidente do Sindicato, Cleonice Ribeiro explica que a entidade entrou com ação para exigir uma solução para esses servidores. “A Justiça deu 48 horas para a Secretaria de Estado da Saúde (SES) dialogar conosco a fim de resolver a situação”, ela informa.

Segundo Cleonice, a entidade tem negociado com os gestores. “Ontem, participamos de mais uma reunião na Secretaria. Aguardamos agora o parecer”, conta a presidente do SindSaúde.

Defasagem – Sobre a falta de funcionários, a dirigente explica que há tempos o quadro na saúde pública está defasado, pois não são realizados concursos para contratação de pessoal. “A situação tem se agravado com a pandemia. E a grande maioria dos servidores tem entre 50 e 60 anos. Como exigir que eles fiquem na linha de frente? Nossa proposta é remanejar e contratar em caráter de emergência. Se o governo estimula a contratação no setor privado, porque não faz isso na saúde pública?”, questiona Cleonice.

Fortalecimento – A sindicalista alerta que a situação é reflexo da falta de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). “Há anos exigimos mais investimentos e o fortalecimento do Sistema Público de Saúde. A situação que já era ruim, agora com o coronavírus, é desesperadora. E é resultado da política de governo”.

Mais – Acesse o site do Sinsaúde-SP

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