A Gerdau, maior produtora brasileira de aço e uma das principais fornecedoras do material no mundo, vem registrando níveis recordes no lucro. Somente no terceiro trimestre deste ano, a empresa lucrou R$ 5,59 bilhões. Ainda assim, os trabalhadores seguem sem aumento real, sem tíquete alimentação e com um convênio médico caro e precário. Quem denuncia é o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
A entidade conta que o lucro líquido da empresa no período cresceu 604% em comparação com 2020. Apesar disso, os funcionários recebem apenas um salário adicional como gratificação, sendo muito inferior do que a Gerdau pode proporcionar.
Na fábrica de São José dos Campos, por exemplo, os empregados poderiam receber o convênio médico gratuito. Porém, a política da empresa faz com que muitos evitem cuidar de sua saúde pra não ter que pagar os altos custos que são descontados em folha de pagamento.
Além disso, a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) é atrelada aos salários de cada funcionário da Gerdau. O Sindicato dos Metalúrgicos informa que sempre reivindicou o benefício de forma igual pra todos, para evitar desigualdade.
“A distribuição injusta promovida pela Gerdau percebe-se também em outras plantas espalhadas pelo País. Em algumas delas, sequer houve acordo na Campanha Salarial, porque a empresa se recusa a repor a inflação”, diz a entidade dos trabalhadores em Nota.
Para o diretor dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Marco Antônio, os trabalhadores deveriam ter o reconhecimento da empresa. “O lucro recorde é fruto do trabalho de cada operário, que gerou a riqueza e tem direito sobre ela. A gestão já está sentindo a insatisfação e já virou rotina pedido de demissão em São José”, destaca.
MAIS – Acesse o site do Sindmetal SJC.