Os professores de Minas Gerais estão engajados na luta pelo pagamento do Piso Nacional do Magistério de 2022. Já são mais de 15 dias de greve e cerca de 85% da categoria adere ao movimento paredista. A ação tem apoio do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de MG (Sind-UTE).
Os educadores denunciam que o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), se recusa a pagar o que manda a lei. Os salários sofrem com a defasagem inflacionária, que desde 2017 não são recompostos.
Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE, Denise Romano, os profissionais não abrem mão do Piso e manterá sua posição firme até que o governo estadual dialogue com a categoria.
“Desde 2019, a direção do Sindicato realizou 19 reuniões com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão. Encaminhamos 39 documentos ao governo Zema cobrando a aplicação correta dos recursos da Educação e dos reajustes do Piso. Em nenhum momento uma proposta foi apresentada”, denuncia a dirigente.
Enquanto os professores de MG seguem com a luta pela aplicação do Piso, o governador Romeu Zema segue tentando intimidar. Isso porque ele chegou a judicializar o movimento grevista, se retirando do processo de mediação no Tribunal de Justiça no Estado.
Proposta – O governo informa que propôs reajuste de 10,06% nos salários dos Servidores de MG, contemplando apenas a reposição inflacionária de 2021 pelo IPCA. Porém, o Sind-UTE alega que o projeto de Zema sequer chega próximo ao que prevê a Lei do Piso.
Segundo Denise Romano, atualmente os professores recebem R$ 2,1 mil por mês. Com o aumento proposto pelo governador, os salários chegariam a R$ 2,3 mil mensais. O problema é que o Piso Nacional do Magistério foi estabelecido em R$ 3.845.63. Além disso, a situação em Minas é mais grave do que aparenta.
“Auxiliares recebem menos de um salário mínimo”, alerta a presidente do Sindicato.
Calendário – Para a próxima semana, os professores de MG já decidiram seguir com atos locais e regionais no dia 28, segunda. Na quinta, dia 31, haverá nova assembleia estadual com a categoria, conduzida pelo Sindicato.
MAIS – Acesse o site do Sind-UTE.