Os motoristas, cobradores e trabalhadores da manutenção nas empresas de transporte público de São Paulo têm o que comemorar. Após greve da categoria no dia 29, apoiada pelo Sindmotoristas, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) confirmou o reajuste de 12,47% nos salários e no tíquete, além de conceder outras reivindicações.
As principais cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho estão renovadas. Além disso, os condutores conquistaram o pagamento de 100% sobre as horas extras, inclusive quando do exercício em feriados. Outra novidade acordada é o direito a pausa, a cada quatro horas laboradas. Neste caso, as empresas não poderão descontar essas pausas nas horas extras. Em caso de descumprimento, o patrão pagará multa e as horas extras normais, em 50%, de todo o tempo eliminado do intervalo.
Manutenção – Os empregados no setor de manutenção das empresas de transporte coletivo terão suas nomenclaturas e planos de carreira definidos em até 60 dias.
Mobilização – Para o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso), os trabalhadores sempre buscam o diálogo, mas a paralisação foi a única saída encontrada diante da intransigência dos patrões. “O descaso do SPUrbanuss levou a catetoria a fazer uso da greve, que é nossa ferramenta de luta. Não tínhamos outro caminho diante de tanto impasse e intransigência”, afirma.
Prefeito – O dirigente também repudiu o comentário feito pelo prefeito da Capital, Ricardo Nunes, que, durante entrevista, levantou a hipótese do movimento grevista ser um conluio entre o Sindicato dos trabalhadores e o setor patronal. “Foi um comentário infeliz, leviano e muito grave”, ressalta Sorriso.
TRT – Após a decisão do Tribunal, os ônibus voltaram a circular normalmente em São Paulo. O processo está registrado sob o número 10015800320225020000.
MAIS – Site do Sindmotoristas.