Nesta quarta (21), se comemora o Feriado do Tiradentes. Não há herói mais cantado em prosa e verso do que Joaquim José da Silva Xavier, o líder dos Inconfidentes, em Vila Rica, Minas Gerais.
Comerciante, ferreiro, dono de lavras e Alferes (hoje, seria segundo tenente), Tiradentes lutou pela libertação do Brasil do jugo português. A Coroa impunha todo tipo de restrição aos brasileiros. Na economia, por exemplo, a rainha Maria I baixou alvará em janeiro de 1875 que proibia a existência de qualquer fábrica no Brasil.
“Após o alvará, várias fábricas que existiam no Brasil foram desmontadas e seus equipamentos acabaram recolhidos e transportados para Lisboa”, narra o escritor e médico Sérgio Cruz, no livro “Pátria Livre, Ainda que Tardia”.
Disposta a se apropriar da riqueza produzida pelo Ciclo do Ouro, a Coroa decretou a “derrama”, exigindo o pagamento de 1,5 mil quilos do metal precioso. Além disso, o Marquês de Barbacena mandou cobrar os impostos atrasados, todos de uma vez. A imposição inflamou os insurgentes.
Forca – Em 21 de abril de 1792, Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de Tiradentes, aos 46 anos, foi enforcado por crime de “lesa-majestade”, ou seja, traição à rainha Maria I. Ele e vários outros foram condenados à forca. Ficou famosa sua frase, frente ao carrasco:
“Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria”.
Poema – Entre tantas obras literárias e composições musicais, se destaca “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles, publicado em 1953. Na obra, a poetisa exalta os Inconfidentes e as lutas pela liberdade.