A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), organização ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e responsável pela administração de 16 hospitais em SP, diz estar com dificuldades de encontrar médicos, enfermeiros e fisioterapeutas para atuar em UTIs destinadas a pacientes com Covid-19.
A SPDM é responsável por 1.500 leitos de UTI no país e diz que abriu 3 mil novas vagas para formar equipes de profissionais de saúde no combate ao vírus. No entanto, 600 vagas ainda não foram preenchidas.
“Não quero dizer que há um colapso, mas estamos próximos do limite”, diz o médico Nacime Salomão Mansur, superintendente da SPMD e vice-presidente do Instituto de Organizações Sociais de Saúde (Ibros), em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
“Houve forte ampliação de leitos no país e agora há problemas para encontrar profissionais”, continua o médico. De acordo com ele, faltam profissionais com formação intensivista para atuar nas UTIs, que atendem apenas os casos mais complexos de Covid-19.
Mansur diz ainda que transferir médicos de outros setores não é recomendado. “Não é qualquer médico que pode assumir a missão”, afirma.
O superintendente também revelou que apenas 20% dos enfermeiros inscritos nas novas vagas foram aprovados até então. Ainda, faltam fisioterapeutas respiratórios para integrar as equipes de UTIs.
Fonte: Revista Fórum.