A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) fará uma mobilização nas redes sociais na quarta, 24. Objetivo é pressionar pela volta da obrigatoriedade da formação na área para exercer a profissão.
Para participar da agitação, a entidade convoca profissionais da área a irem trabalhar de azul, tirarem fotos e fazer vídeos em seus perfis nas redes sociais marcar a Fenaj e o Sindicato do qual fazem parte.
A estratégia integra o 3º Ocupa Brasília, que ocorre em Brasília, de 23 a 25 de abril. Dirigentes da categoria conversarão com líderes partidários sobre a aprovação da PEC 206/2012, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). A Proposta de Emenda Constitucional, na prática, restabelece a exigência de formação em Jornalismo para atuar na profissão.
Como o texto já foi aprovado no Senado, a ideia da categoria é conseguir o máximo de apoio entre os parlamentares para pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira, a colocá-lo na pauta de votação da Casa.
Histórico – A necessidade do diploma para jornalistas foi definido por lei em 1969. Mas em 2009 o Supremo Tribunal Federal derrubou a obrigatoriedade. A justificativa era de que essa imposição cerceava o direito à informação e de liberdade de expressão.
A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Samira de Castro, contesta: “É um argumento falacioso, que só serviu para precarizar a profissão. É uma categoria que trabalha com critérios técnicos e éticos, com responsabilidade para lidar com a informação e apurar os fatos.”
Internet – Em tempos de redes sociais, o fim da exigência do diploma trouxe danos à sociedade e é um dos fatores que proporcionam a disseminação das fake News, avalia a dirigente. “Hoje pessoas montam sites e blogs e ainda vão pedir verba pública, mas sem obedecer qualquer diretriz jornalística, sem um profissional formado para responder pelas informações divulgadas”, comenta Samira. “Como vão exigir de alguém assim o sigilo da fonte, prerrogativa legal da profissão?”, questiona a presidente da Fenaj.
MAIS – Redes sociais e sites da Fenaj, CUT e Sindicato dos Jornalistas de SP