12.8 C
São Paulo
sábado, 19/07/2025

Mais democracia, direitos e SUS forte devem nortear sindicalismo, diz Patah

Data:

Compartilhe:

Ricardo Patah encerrou a série de lives da Agência Sindical semana passada, sexta (24). Presidente da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, ele conversou por meia hora com o jornalista João Franzin.

O objetivo da live foi tratar da ação sindical em tempos de pandemia e da Medida Provisória 936, que dá amplos poderes ao patronato pra alterar contratos de trabalho, reduzir salários e mexer na jornada. Outro tema foi a celebração do Dia do Trabalhador, 1º de Maio.

Para o sindicalista, o evento deve valorizar a democracia. “Até porque é na democracia que o sindicalismo atua sem imposições e pode conquistar mais para as nossas bases”, argumenta.

Acordos – Na base comerciária, Patah informa que as negociações seguem a MP 936. No entanto, observa: “Temos buscado evitar demissões. As saídas, por enquanto, são férias coletivas e banco de horas, pra que o trabalhador compense quando retomar as atividades”. Ele alerta, porém, que o fôlego financeiro das pequenas empresas é curto.

Um dos setores onde têm havido acordos amplos é o de supermercados. “Negociamos medidas de proteção, como a placa de acrílico entre o funcionário do caixa e o cliente e também o controle no número de pessoas por estabelecimento”, conta Patah.

Abono – Segundo o dirigente comerciário e ugetista, o abono emergencial de R$ 600,00 ajuda o trabalhador e aquece a economia. Mas ele critica: “O governo demora pra liberar os recursos e a segunda parcela está atrasada”. Ricardo Patah relembra que Bolsonaro, no início, só queria pagar R$ 200,00. “Foi a pressão sindical junto ao Congresso que conseguiu elevar pra R$ 600,00, que ainda é pouco”.

Unidade – O presidente da UGT ressalta a unidade das Centrais Sindicais na melhora do abono emergencial e que, dia 20, conseguiu evitar a votação da MP 905 – Carteira Verde e Amarela. Ele argumenta: “A Medida embute uma nova reforma trabalhista, empurrando todos pra tal Carteira, que, na prática, significa empregos de baixos salários e sem direitos”.

Pós – O cuidado, agora, é se isolar ao máximo e evitar contágio pela Covid-19. Mas, afirma Ricardo Patah, temos que pensar no dia seguinte. Para tanto, ele prega “a firme unidade do sindicalismo, a retomada das atividades econômicas, a reconversão da indústria para produzir equipamentos médicos e hospitalares, com apoio de recursos públicos para o setor produtivo”.

O presidente da UGT também chama atenção para o SUS. Ele diz: “A pandemia ensina que precisamos de um sistema de saúde nacional, com recursos humanos e materiais”.

ASSISTA – Acesse o Facebook da Agência Sindical e assista à live na íntegra.

Conteúdo Relacionado

Sindcine debate IA no México

Sonia Santana, presidente do Sindcine, participa a partir desta segunda (21) do seminário anual das federações internacionais Fia-América Latina e Uni-Mei/Panartes. Evento acontece na...

Protesto contra Trump ocupa 25 de Março

Ganham força as manifestações populares contra o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump às exportações brasileiras aos Estados Unidos.Na sexta (18), foi a...

Jornal Sindical destaca patrimônio metalúrgico

Jornal Sindical de julho já está na base do Sindicato

Negociações coletivas retomam ganho

O Boletim “De olho nas negociações”, do Dieese, mostra melhora nas negociações em junho. Reajustes salariais acima da inflação chegaram a 78,5% dos acordos;...

Trump ataca, 25 de Março responde

Para o presidente norte-americano não basta abrir conflito com a Palestina, o Irã e meio mundo. Agora, Donald Trump quer enquadrar a 25 de...