Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos aprovaram, em assembleia conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos, a proposta de acordo da implantação de layoff na planta da montadora. Agora, o segundo turno da produção da picape S10 está suspensa.

A medida se deu pela grave crise mundial dos semicondutores, que afetou todo o mercado automotivo. A previsão da empresa é que essa interrupção dure entre dois a cinco meses, podendo ser prorrogada caso a crise persista. Cerca de 700 trabalhadores ficarão suspensos neste período.

Os metalúrgicos da GM reivindicaram a estabilidade a todos os trabalhadores da fábrica durante o período de layoff. Após negociação conduzida pelo Sindicato, a montadora decidiu chegar a um acordo. Vale dizer que esta é a única planta da empresa no País que terá a estabilidade garantida.

Além disso, os funcionários também conquistaram a efetivação de 300 companheiros que estavam atuando como temporários. Caso não houvesse esse acordo, eles seriam dispensados ao término do contrato nos próximos meses.

Outro avanço importante é que todos os trabalhadores suspensos terão o pagamento do FGTS e de 100% de seus salários, custeados parte pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e parte pela própria GM.

Crise – A crise dos semicondutores, utilizados na fabricação de automóveis e outros produtos, é mundial. Desta forma, a empresa tem trabalhado com planejamento mensal, visto não ser possível prever o mercado com mais antecedência.

É o que informa o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Renato Almeida. “O mundo todo quer esses microchips. A GM espera normalização apenas em 2023. Até lá, temos que unir o movimento sindical pela garantia de empregos”, afirma.

MAIS – Acesse o site do Sindmetal São José dos Campos.