Funcionários do Metrô de São Paulo decidiram adiar, para o próximo dia 23, a greve que aconteceria nesta quarta, dia 15. A decisão foi tomada em assembleia após audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho – TRT, terça (14).
Nova audiência ficou marcada para o dia 22. O TRT solicitou ao Metrô que apresente uma proposta até essa data sobre o pagamento do Abono.
O valor é referente a Participações nos Lucros atrasadas (2020, 2021 e 2022). O metrô alega que aguarda autorização do Governo do Estado.
Contratação – A categoria também reivindica a realização de concurso público para repor o déficit de funcionários. Há tempos, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo tem denunciado a defasagem no quadro de pessoal.
No início dos anos 1990, o Metrô transportava cerca de dois milhões de passageiros por dia, com 10 mil empregados. Hoje, são transportados em torno de 3,7 milhões de usuários, com um efetivo de cerca de 7 mil trabalhadores.
Segundo dados do Portal da Transparência, o Metrô tem 3.286 postos de operadores de transporte metroviário na empresa, mas apenas 2.385 vagas estão ocupadas. Ou seja, faltavam 901 vagas a serem preenchidas.
Na falta dos operadores de transporte, quem auxilia os passageiros são os agentes de segurança. A função também tem 152 postos de trabalho vagos.
O Sindicato alerta que a falta de funcionários é evidente para quem utiliza o sistema e prejudica a prestação de serviço à população. “Isso coloca em risco usuários e funcionários, além da insegurança que gera. É urgente a contratação por meio de concurso público. O que não é feito desde 2019”, afirma Alex Fernandes, diretor de Imprensa e Comunicação da entidade.
Agenda – Na próxima quarta (22), os metroviários voltam a se reunir em assembleia, após audiência no TRT. Como parte do protesto, a categoria retirou o uniforme e utiliza boton para denunciar a situação.
Mais – Acesse o site do Sindicato dos Metroviários de SP.