26.3 C
São Paulo
quinta-feira, 13/03/2025

Metroviários de SP entram em greve contra corte salarial e retirada de direitos

Data:

Compartilhe:

Diante da intransigência da direção da Metrô-SP, que insiste em cortar salários e retirar direitos, metroviários de São Paulo iniciam paralisação por tempo indeterminado, a partir desta terça (28). A decisão foi aprovada em assembleia virtual na noite de segunda, dia 27.

Desde março, o Sindicato dos Metroviários tenta, sem sucesso, negociar com a empresa a prorrogação do Acordo Coletivo e a manutenção dos direitos até o final da pandemia da Covid-19.

Segundo Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato, apesar dos apelos da categoria, considerada essencial, a empresa se manteve intransigente e avançou em seus ataques. Ele afirma: “Fomos pegos de surpresa. Na quinta (23), pouco antes da meia noite, o Metrô enviou mensagem eletrônica aos funcionários informando o corte de 10% nos salários”.

TRT – Em audiência realizada nesta segunda (27), entre trabalhadores e a empresa, a Justiça do Trabalho de São Paulo (TRT-2) estabeleceu regras para a paralisação. De acordo com determinação do desembargador-Relator Fernando Álvaro Pinheiro, 95% dos serviços deverão funcionar no horário de pico (das 6 às 9 horas e das 16h30 às 19h30) e 65% nos demais horários.

Em caso de descumprimento por culpa dos metroviários, o sindicato poderá ser multado em R$ 150 mil por dia e se a culpa for do Metrô, a pena se eleva para R$ 500 mil.

Para Fajardo, o Metrô não mostra disposição. Ele relata: “O Metrô não aceitou nem a proposta do procurador do Trabalho, Ronaldo Lima, que prevê a suspensão temporária de alguns benefícios”. Após seis meses, os valores seriam pagos.

Crise – A crise financeira e diminuição da demanda ante à pandemia da Covid-19, é a desculpa da empresa pra reduzir direitos e salários. No entanto, o Sindicato rebate esse argumento e pede ainda o corte dos “supersalários” da diretoria da companhia. “Seriam em torno de 400 funcionários nesta situação”, diz em nota.

A entidade também propôs a liberação das catracas, sem a cobrança de tarifa, ao invés de paralisar o sistema. A proposta foi recusada pela companhia.

 

Conteúdo Relacionado

Campanha contra carestia vai às ruas

A Campanha contra a Carestia, movimento que combate a alta no custo de vida, integrará a manifestação “Menos Juros, Mais Empregos!”, convocada por Centrais...

Federação dos Engenheiros empossa diretoria

Segunda, 17, acontece a posse da diretoria da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Murilo Pinheiro continuará à frente no triênio (2025-2028). Evento tem início...

Governo facilita crédito consignado

Na quarta (12), no Palácio do Planalto, em Brasília, Presidente Lula assinou Medida Provisória que cria o “Crédito do Trabalhador”. Trata-se de um novo...

Luta contra 6×1 ganha ruas, corações e mentes

Com o lema “Você merece tempo pra viver”, campanha do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT pelo fim da escala 6×1...

Alimentos sobem nas Capitais, mostra o Dieese

Levantamento mensal do Dieese mostra que o conjunto de alimentos básicos aumentou em 14 das 17 Capitais. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica,...