Segunda, 21, o jornal estampou de manchete: “Trabalho quer novo imposto sindical três vezes maior que o extinto” (“Até 1% do salário” – dizia a linha fina). O imposto, ou contribuição sindical, foi extinto pela reforma trabalhista de Michel Temer, em 2017.
Ao exagerar nos números o jornal incitou a mídia a martelar o assunto. O sindicalismo também reagiu e o próprio ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, foi à imprensa falar da questão. No âmbito da Pasta se costura minuta que englobe negociações coletivas e custeio.
O sindicalismo se divide quanto ao custeio. Setores ligados a muitos Sindicatos de base, Federações e a diversas Confederações de trabalhadores combatem a pluralidade, que quebraria a unicidade assegurada pela Constituição.
Dia 23, Elio Gaspari escreveu o artigo “A tunga do imposto sindical”. Ele observa, por meio de fala do professor José Márcio Camargo: “Para ter uma contribuição desse tipo, é fundamental acabar com a unicidade sindical”.
Conclat – Em abril de 2022, o sindicalismo realizou a terceira Conclat. O primeiro item da Pauta Unificada reivindica política de recomposição do salário mínimo. Só o item 16 trata de “promover reestruturação sindical”. A questão do mínimo, que beneficiaria 54 milhões de brasileiros, agora começa a andar no Congresso Nacional.
Força Sindical – Seu presidente, Miguel Torres, publicou Carta em O Globo, dia 24 (“Megafone ligado”). O item 2 do texto afirma: “Estamos promovendo uma profunda mudança na estrutura sindical”.
Entidades patronais, para as quais não faltam recursos, sobretudo ao chamado Sistema S, têm se manifestado contra a taxa negocial das entidades de empregados.
TEXTO DE MIGUEL – Clique aqui e leia.