O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, adiou pra depois das eleições a votação das propostas de custeio para o Piso da Enfermagem. Após a categoria realizar, na quarta (21), um Dia Nacional de Mobilização/Paralisação, Pacheco se comprometeu a levar, no dia seguinte, a pauta pra votação no Senado.
RECUO – A decisão do senador pegou a categoria de surpresa. Em entrevista para à Agência Sindical, Solange Caetano, representante do Fórum Nacional da Enfermagem disse:
“A decisão do Pacheco surpreendeu todo mundo, pois, até hoje, ele sempre cumpriu com a palavra e se mostrou empenhado na busca de recursos pra viabilizar o nosso Piso. Agora estamos articulando uma reunião com ele pra entender as causas desse recuo com o combinado”, diz Solange.
Solange, que é enfermeira, conta quais serão as próximas ações do FNE. O Fórum que é composto por representantes CNTS, CNTSS, ANATEN, ABEN, Executiva Nacional de Estudantes, além da Federação, se reunirá na terça (27) para deliberar, inclusive, sobre a possibilidade de uma greve geral.
“Na reunião de ontem decidimos que, nos próximos três dias, os Sindicatos vão fazer assembleias com as bases pra deliberar sobre nossas próximas ações. Na terça (27), o Fórum se reúne pra tomar uma decisão. Existem algumas possibilidades, inclusive, de uma greve geral da enfermagem”, conclui Solange.
Também em entrevista à Agência Sindical, Shirley Morales, presidente da Federação, disse que a falta de definição dos meios de custeio do Piso faz crescer nas bases uma pressão por greve.
Shirley diz: “após o nove de setembro, quando ouve a primeira mobilização nacional, começou a crescer nas bases dos Sindicatos filiados à Federação uma pressão pela greve geral. Naquele momento, o Fórum Nacional votou por fazer um dia de mobilização. O mesmo aconteceu no dia 21, mas agora a categoria está cansada. Muitos trabalhadores já pedem pela greve”, completa.