Sem acordo, por intransigência patronal, a campanha salarial do ensino superior privado no Estado de SP será decidida na Justiça do Trabalho.
“Patronal recebe prazo para defesa e terá que enfrentar julgamento – ou voltar atrás na intransigência e aceitar proposta do Tribunal: reajuste integral pela inflação na data-base”, diz Nota da Federação – Fepesp.
“Vai haver julgamento do dissídio de greve. A data ainda não está marcada, mas entendemos que ocorrerá nos primeiros 10 dias de outubro”, afirma Celso Napolitano, presidente da Federação, que coordena a campanha e cuida dos encaminhamentos jurídicos.
Pelo fato da categoria ter decretado greve, mas não realizado a paralisação, em razão de uma “cláusula de paz” proposta pelo TRT-SP, o julgamento do dissídio de greve tem preferência na pauta do Tribunal.
A má vontade patronal, para uma negociação cuja data-base é 1º de março, ficou patente desde o início. “A última audiência durou sete minutos”, diz o professor Napolitano.
INPC – Em que pese a expectativa do julgamento, a Federação ingressou com pedido de “tutela antecipada”, buscando garantir, desde já e antes do julgamento, os 10,80% referentes ao INPC acumulado.
BRASIL – Até o momento, em nenhum Estado, os professores do setor privado, ensino superior, conseguiram reposição integral da inflação em seus salários.
UNIB – Sindicato da Capital (Sinpro-SP) e Fepesp comandaram a greve de 30 dias na Universidade Ibirapuera. Paralisação motivada pelo atraso nos pagamentos.
Segundo a Fepesp, “a Universidade foi obrigada a aceitar acordo que restaura a dignidade dos docentes, com pagamento de salários, férias e direitos atrasados, garante estabilidade de 90 dias e exige pagar os dias parados, pois a motivação da greve foi falta de pagamento pelo empregador”.
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