Sindicatos filiados à Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp) recusaram quarta, 9, nova proposta patronal para renovação da Convenção Coletiva do Ensino Superior privado.
Celso Napolitano, presidente da Fepesp e coordenador da Comissão de Negociação, explica que a proposta do Semesp (Sindicato das mantenedoras) sequer repõe a inflação do período e ainda limita a reposição futura. “Quando começamos a negociar, a inflação estava perto de zero, agora está subindo e já se estima que chegará a 5%. As escolas querem limitar qualquer reajuste a 3,25%. Isso não pode ser aceito”, diz.
Direitos – Apesar de não ter fechado nenhuma cláusula econômica com as mantenedoras, fica mantido o compromisso pela renovação das cláusulas sociais da CCT por dois anos, até o final de fevereiro de 2022.
“Pode até ser compreensível a insegurança patronal diante das indefinições de um ministro vacilante frente ao MEC. Mas os sindicatos não podem ser penalizados à custa da manutenção das taxas de lucro das instituições privadas”, afirma o dirigente.
A proposta patronal prevê o pagamento de um abono de 50% em três parcelas em 2021 (nos meses de abril, julho e outubro) e a reposição da inflação de março 2020 a fevereiro 2021, limitada em 3,25%, aplicada aos salários em março de 2022. O percentual excedente seria discutido nas negociações salariais de 2022.
“Essa proposta não é aceitável. Os sindicatos querem o compromisso de que a inflação desse período será incorporada aos salários e com prazo para que isso ocorra, ainda em 2022”, reafirma Napolitano.
Negociação – Na próxima semana os representantes das mantenedoras se reúnem em assembleia, para então retornar à mesa de negociação.