19.8 C
São Paulo
sexta-feira, 18/04/2025

Senador Rogério Marinho volta a disparar contra os trabalhadores

Data:

Compartilhe:

A Comissão de Assuntos Econômicos pode votar terça (3) cedo proposta do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que impede os Sindicatos de exigir contribuição sindical ou assistencial sem autorização do empregado.

Trata-se do PL 2.099/23, que é relatado no colegiado temático pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) – ele emitiu voto a favor da matéria. Marinho foi relator, na Câmara, da Reforma Trabalhista de Temer, em 2017. É inimigo do sindicalismo.

Proposta tem o mesmo caráter do projeto que deu origem à Reforma Trabalhista.

Autorização – O Projeto 2.099/23 altera a CLT pra que mesmo os filiados tenham que autorizar prévia e expressamente a cobrança de contribuições aos Sindicatos da categoria econômica ou profissional.

Com a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), a contribuição passou a ser facultativa a não-associados. Em setembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela constitucionalidade da cobrança da assistencial de empregados não-sindicalizados, em caso de acordo, convenção ou sentença judicial, garantido ao trabalhador o direito de se opor expressamente à cobrança.

Escopo – Segundo o projeto a ser votado, no ato da contratação, o empregador deverá informar ao empregado, por escrito, o Sindicato que representa a categoria e o valor da contribuição assistencial, e também sobre o direito de não se associar e não pagar a contribuição.

Essa orientação é antissindical, pois ninguém é obrigado a ingressar no Sindicato (está na Constituição). O objetivo desse projeto é inibir, afrontar e tentar e destruir os Sindicatos.

O empregado também poderá se opor à contribuição em até 60 dias do início do contrato de trabalho ou da assinatura do acordo ou convenção coletiva, mas não poderá ser cobrado qualquer valor do empregado pra que exerça seu direito de não pagar a contribuição.

O trabalhador poderá desistir da oposição e pagar a contribuição a qualquer tempo.

Falácias – Rogério Marinho, no relatório/parecer, alterou a proposta original de forma a garantir o direito de oposição, à luz da nova decisão do STF. Afirma receber dezenas de relatos de trabalhadores submetidos a filas extensas sob sol e chuva, prazos restritos, horários inoportunos, taxas abusivas, decisões por assembleias de baixíssimo quórum, redução de horário de atendimento, comparecimento presencial obrigatório, insistência inconveniente e inoportuna, entre outras.

Tramitação – Depois de votada na CAE, a proposição segue pra análise Comissão de Assuntos Sociais, cuja decisão é terminativa: se aprovado e não houver recurso ao plenário, o texto vai à Câmara dos Deputados.

Fonte: Diap – www.diap.org.br

Conteúdo Relacionado

Comerciários coletam assinaturas contra 6×1

Desde fevereiro, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo está nas ruas pelo fim da escala 6x1. Mobilização é permanente e acontece em pontos...

Murilo aponta prioridades dos Engenheiros

A chapa “Trabalho-Integração-Compromisso” saiu consagrada das eleições no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que terminaram dia 9. A diretoria encabeçada pelo...

Vitória da greve no Sesi

Após meses de negociações e greve forte, professores e professoras da rede Sesi encerraram com vitória a Campanha Salarial. Assembleia estadual terça, dia 15,...

Quem pagar mais não ficará sem funcionários

O dirigente comerciário paulista, Ricardo Patah, está otimista quanto ao emprego no País. Ele também preside a UGT Nacional.Segundo o Novo Caged, o Brasil...

Maior Federação completa 86 anos

Luiz Carlos Motta, presidente da entidade, publica números, dados e iniciativas sobre as dimensões da maior Federação de trabalhadores do setor privado da América...