Morreu quarta, dia 3, José Calixto Ramos. Ele presidia a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria e a Nova Central Sindical de Trabalhadores, fundada em junho de 2005, da qual foi um dos idealizadores. A criação do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), dois anos antes, também teve efetiva participação do dirigente. Sua morte decorreu de complicações da Covid-19.
Conhecido por sua posição clara quanto à unicidade e ao custeio sindical, a história de José Calixto Ramos foi reverenciada pelo movimento, entidades ligadas ao mundo do trabalho e políticos de diversas correntes, entre os quais o senador Paulo Paim (PT-RS), metalúrgico como Calixto.
Humanidade – Para o Diap, era “figura humana esplêndida”, que, “apesar da idade avançada, se movimentava com desenvoltura de jovem nas lides sindicais intensas”. Paim também destaca as qualidades do pernambucano de Ipojuca. “Um dos maiores líderes sindicais de todos os tempos. Homem cordial nas palavras e nos gestos; sensível às causas sociais; firme na condução das boas lutas em defesa dos trabalhadores”, diz em nota.
Para Luiz Gonçalves, presidente da Nova Central no Estado de São Paulo, Calixto era um mestre. Luizinho comenta: “Era um homem humilde e acessível, sempre disposto a ouvir, a debater e contemplar pontos de vista diferentes. Aprendi com o tempo a admirar seu temperamento e sua sabedoria”.
Progressista – Era um dirigente progressista. O item 40º, da Carta de Princípios da Nova Central, explicita: “FUTURO – A Nova Central trabalhará pela construção de um futuro melhor para nosso povo, melhores condições de vida para os trabalhadores, estimulando a resistência contra as ameaças neoliberais, fortalecendo as entidades no combate das novas formas de exploração, buscando na universidade, no conhecimento, na pesquisa científica, aliados capazes de melhorar a correlação de forças e assegurar a vitória da classe trabalhadora”.
CONSTITUIÇÃO – Clique aqui e assista reportagem na qual o dirigente valoriza a Constituição-Cidadã de 1988.