Entre meados dos anos 70 e durante a década de 80, ele foi um dos principais dirigentes brasileiros. Do alto do seu porte, forjado na picareta da Ligth e nas artes marciais, ele comandou os Eletricitários e também a CGT. No começo dos anos 90, foi ministro do governo Color, na Pasta do Trabalho e da Previdência. Saiu da política, trabalhou como assessor sindical e hoje, com 82 anos, volta à lida classista.
Antônio Rogério Magri preside agora o Sindicato dos Professores de Educação Física no Estado de São Paulo. Inquieto, ele propõe mudanças no sindicalismo.
Magri falou à Agência Sindical. Principais trechos:
Lula – “Eu e ele atuávamos em campos sindicais opostos. Mas sempre tive uma ótima relação com o Lula. Sua liderança era e continua inquestionável”.
Retorno – “Não sou formado, mas professor provisionado por décadas de dedicação ao judô, karatê e a outras atividades ligadas ao condicionamento físico. Portanto, atuo numa área que conheço bem e cresce. O Estado já tem cerca de 15 mil academias”.
Sindicalismo – “O mundo do trabalho mudou, a cultura trabalhadora também vem mudando. As direções sindicais precisam estar atentas a essas mudanças, impulsionadas agora pelas novas tecnologias, aulas a distância e outras ferramentas de trabalho e comunicação”.
Diálogo – “O desafio é fortalecer a relação com a base, dialogar com os trabalhadores, entender o que eles pensam a respeito dos próprios Sindicatos e responder às demandas. Tenho visitado clubes e academias e vejo que é preciso tornar permanente essa troca de ideias”.
Sócios – “Tomamos uma decisão ousada em nosso Sindicato. Todos os que não apresentaram cartas de oposição ao custeio da entidade passam a ser considerados sócios, com direito a vez, voz, a votar e a ser votado na entidade. Quem não quiser ficar associado é só procurar o Sindicato e se manifestar. Sei que essa tese é polêmica, mas entendo que ela fará bem ao movimento sindical”.
Base – “É preciso ampliar a participação. Penso que nossa decisão democratiza o Sindicato. Por que temer a categoria, se todos são trabalhadores e buscam direitos, garantias e condições melhores no trabalho e para suas vidas?”
Delegados – “Nosso próximo passo é eleger delegados sindicais em todo o Estado, oferecendo depois cursos, palestras, com qualificação sindical e política a esses companheiros e companheiras”.
Para atuar como professor de educação física o profissional precisa hoje ter formação acadêmica. Tempos atrás, ele se formava por meio da prática. A categoria é celetista e o regramento das relações capital-trabalho se dá via Convenção Coletiva.
MAIS – Site do Sinpefesp. Telefone (11) 3051-2704 ou WhatsApp (11) 97537.7896/99453.6507.