15.7 C
São Paulo
terça-feira, 17/06/2025

Sindicato denuncia novo recorde no déficit de policiais civis em SP

Data:

Compartilhe:

A Polícia Civil de SP acumula perdas sucessivas de profissionais.

O déficit nos quadros das delegacias, por exemplo, alcançou um novo recorde no estado em novembro deste ano, com um total de 16.149 cargos vagos.

Quem faz a denuncia é o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) que criou o “Defasômetro”. A ferramenta contabiliza as perdas em Recursos Humanos sem reposição.

Atualmente, dos 41.912 cargos previstos para a Polícia Civil, somente 25.763 estão ocupados, o que representa um déficit de 38,5%. Cinco anos atrás, quando a defasagem já era considerada elevada, o índice era de 27,2%, alerta a presidente do Sindpesp, a delegada Jacqueline Valadares. “São 16 mil profissionais a menos. A alta defasagem impacta na investigação de crimes, na segurança do cidadão e nas condições de trabalho do agente, que fica sobrecarregado”, ela afirma.

A carreira com mais cargos vagos, de acordo com o Sindicato, é a de investigador (3.994), seguida da de escrivão (3.805). A função de agente policial (1.510) é a terceira com maior defasagem, quase empatando com as carreiras de delegado (958) e de agente de telecomunicações (953).

A pesquisa mostra, ainda, que 98 policiais se desligaram das funções em novembro, em sua maior parte, por aposentadorias ou exonerações. No período, e a exemplo do que ocorre nos últimos anos, apesar da existência de candidatos aprovados em concursos para a Polícia Civil, não foram realizadas nomeações por parte do Estado para recompor o quadro.

“É necessário ter uma reestruturação, que incentive este policial a permanecer na carreira. As desistências são preocupantes”, alerta a dirigente.

A presidente do Sindpesp aponta outros três grandes problemas no setor: desvalorização salarial, falta de investimento em material e em investigação. “Há uma grande preocupação do estado para o acesso da população no registro do Boletim de Ocorrência. Contudo, não há o mesmo empenho em estruturar equipes que possam instaurar os inquéritos e investigar os conteúdos dos Boletins de Ocorrência”, denuncia Jacqueline.

MAIS – Acesse o site do Sindpesp.

Conteúdo Relacionado

UGT participará da Parada LGBT, dia 22

A União Geral dos Trabalhadores participará da Parada do Orgulho LGBT, domingo (22), na Avenida Paulista, São Paulo. Na ocasião, será erguida, por meio...

Encontro de Cipeiros e Delegados lota auditório

Auditório lotado, público atento, palestras muito esclarecedoras. Assim transcorreu o Encontro de Cipeiros e Delegados Sindicais dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Evento na...

Trabalho decente reduz desigualdades sociais – Eusébio Pinto Neto

Não existe democracia, igualdade de direitos e liberdade sem justiça social. Este é um dos principais ensinamentos que adquiri na 113ª Conferência da Organização...

Categorias rejeitam Plano de Carreira do Metrô

Trabalhadores do Metrô de São Paulo rejeitaram por ampla maioria o novo Plano de Carreira e Remuneração proposto pela empresa pública. Segunda (9), 82%...

Líder frentista cobra ministro sobre GNV

Explosões pelo Gás Natural Veicular - GNV, como a que vitimou o frentista Paulo Barbosa dos Santos, sábado (7), no Rio, podem ser evitadas....