19.2 C
São Paulo
quarta-feira, 15/01/2025

Sindicato exige providências sobre mortes

Data:

Compartilhe:

MORTES EM OSASCO – Dia 20, a base metalúrgica de Osasco e Região foi abalada por duas tragédias. Na Multiteiner (Itapecerica da Serra), desabamento de laje matou nove e feriu 28. Na Cinpal (Taboão), acidente matou um trabalhador.

O Sindicato agiu de pronto, mas enfrenta outro grave problema: a precariedade dos órgãos encarregados de fiscalizar e, se preciso, autuar as empresas. Vale lembrar que, em seu primeiro dia de governo, Bolsonaro fechou o Ministério do Trabalho, reaberto em parte depois pra agasalhar o Centrão.

As mortes em Osasco ocorreram terça da semana anterior, mas só na segunda (26) Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Cerest e Vigilância Sanitária estiveram na Cinpal e na Multiteiner.

CINPAL – Ministério Trabalho e Ministério Público do Trabalho (com uma Procuradora) iniciaram fiscalização. O Sindicato acompanhou a inspeção, pelos diretores Marcelo e Marcel.

MULTITEINER – Vigilância Sanitária Municipal e Cerest estadual estiveram na empresa, pediram documentos, a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e outros. O Sindicato não foi chamado pra acompanhar visitas.

Na Cinpal, máquina que causou acidente segue interditada. Na outra empresa, que, segundo a imprensa, aprovou uma planta e construiu outra coisa, o Sindicato não teve acesso a documentos. A empresa diz que entregará a CAT à Vigilância Sanitária e ao Cerest regional.

PROCESSO  – Assim que tiver posse dos documentos, o Sindicato irá à Justiça, buscando indenização por dano físico e moral. Segundo Gilberto Almazan (Ratinho), presidente, “o Sindicato aguarda documentos a fim de sustentar as ações judiciais”.

Porém, o presidente adianta: “Vamos ingressar com ação civil pública, visando reter os bens da Multiteiner, pra fins de indenização futura das vítimas e/ou dependentes”. Foi aberto inquérito policial, mas o delegado pediu mais 30 dias. Advogacia Geral da União também será suscitada, a fim de ação regressiva. Ou seja, pra que a empresa arque com as despesas de caráter previdenciário.

NEGLIGÊNCIA – Por trás dos acidentes pode haver um histórico de negligência patronal, mas também há o abandono pelo Estado dos mecanismos de fiscalização. Outro problema: o desemprego inibe o trabalhador de fazer denúncias, com medo de ser mandado embora.

MAIS  – www.sindmetal.org.br/

Conteúdo Relacionado

Marinho anuncia retomada do custeio sindical

Volta à pauta o tema custeio das entidades. Retomado, agora, por entrevista de Luiz Marinho, Ministro do Trabalho e Emprego, dia 13, ao jornal...

Professores derrotam pejotização

Uma importante vitória para os professores, professoras e o movimento sindical. Uma escola denunciada ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2022 por prática...

Líder do Sindcine destaca força do cinema

O Podcast dos Comerciários de SP recebeu na manhã da segunda (13) Sonia Santana, presidente do Sindicato dos Técnicos Cinematográficos, Sindcine. No videocast, veiculado...

MST plantará 100 milhões de árvores

MST quer plantar 100 milhões de árvoresO Movimento dos Sem Terra (MST) tem um lado ecológico que nem sempre aparece. Os assentados já colocam...

Ano deve ser da comunicação sindical, diz Vargas

Não só Lula está preocupado com a comunicação. Nosso mais experiente consultor sindical, João Guilherme Vargas Neto, abre o ano com o artigo “Comunicação...