O Sindicato dos Especialistas de Educação do do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp) tem denunciado os plantões impostos pela Secretaria Municipal de Ensino a gestores educacionais e outros profissionais do setor. A situação afeta em torno de cinco mil profissionais.
À Agência Sindical, Luiz Carlos Ghilardi, presidente do Sindicato, explica que desde a segunda quinzena de março os trabalhadores são obrigados a comparecer a suas Unidades de Trabalho sem necessidade efetiva. “A secretaria não demonstra sensibilidade, nem nas situações envolvendo insegurança e falecimentos de gestores educacionais e outros profissionais de educação que estavam em serviço”.
Segundo o dirigente, o secretário da Pasta propaga inverdades. “Ele alega que os gestores teriam que ir apenas uma vez por semana nas Unidades. Quando, na verdade, a Instrução Normativa impõe plantões diários”.
O professor critica a falta de diálogo por parte da secretaria. “O secretário Bruno Caetano sequer aceita dialogar. Somos informados por meio da imprensa”, conta.
Ante a postura da SME, o Sinesp entrou com ação no Ministério Público do Trabalho. A luta também ganhou apoio de outros Sindicatos do setor educacional e de parlamentares. “O vereador Eliseu Gabriel, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal, já manifestou seu apoio e tentou intervir, sem sucesso, junto à Secretaria”.
Outros parlamentares, como o vereador Celso Giannazi, ingressaram com ação junto ao MP.
“Continuaremos pressionando na SME e na Justiça para defender as vidas dos trabalhadores, que estão sendo postas em risco nesses plantões desnecessários. Defendemos que todos estejam em teletrabalho”, completa Ghilardi.