Sinpospetro-RJ e a luta pela liberdade – Eusébio Neto

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O ideal de um mundo mais democrático, justo e inclusivo foi o que me motivou a lutar em defesa dos direitos dos trabalhadores de postos de combustíveis e de lojas de conveniência de todo o País. Como frentista, aceitei o desafio de organizar e libertar a categoria no estado do Rio de Janeiro, que, por quase um século, não teve uma representação efetiva.

A fundação do Sinpospetro-RJ, em 7 de abril de 2005, exigiu a mobilização de diversos companheiros que assumiram o compromisso de melhorar as condições de vida dos frentistas. A nossa caminhada não foi nada fácil. Como presidente e fundador da entidade, fui atacado, sofri ameaças, mas consegui consolidar o nosso projeto. O que aprendi no Sinpospetro-RJ, enquanto sindicalista, me permitiu ser eleito o presidente da Federação Nacional dos Frentistas.

O sindicato tem como objetivo agregar, promover e criar um ambiente de experiências vividas pelos funcionários para aperfeiçoar as nossas ações. O Sinpospetro-RJ é um sindicato jovem que segue em constante evolução.

Os frentistas do Rio de Janeiro estão escrevendo a história da categoria no mundo. Em nome dos 25 mil trabalhadores que o sindicato representa, participei de conferências e fóruns internacionais sobre o mundo do trabalho. A Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que contou com a participação de 187 países, foi um dos destaques. Na nossa sede de Vila Isabel, recebemos um representante dos frentistas do Irã. A troca de informações permite organizar as forças para reduzir as injustiças no mundo do trabalho.

O avanço da tecnologia é a nossa principal preocupação, uma vez que o progresso deve ser um aliado do ser humano e não um fator de exclusão. Além de lutar contra o poder econômico, que pressiona para retirar direitos dos trabalhadores, o sindicato está atento aos projetos em análise no Congresso Nacional que podem extinguir a profissão de frentista.

As constantes mudanças no mundo do trabalho contribuíram para desorganizar a força de trabalho. A desestruturação decorrente do neoliberalismo contribuiu para a aumentar as desigualdades sociais.

O Sinpospetro-RJ luta contra a exploração da mão de obra, logo, a participação dos trabalhadores nesse projeto é indispensável para melhorar as condições de vida não apenas da categoria, mas de todos os brasileiros.

No próximo domingo, o Sinpospetro-RJ celebra a resistência, a resiliência, os laços e a força da categoria. Parabéns, companheiros, por participarem desta luta. Juntos, celebraremos e escreveremos mais um capítulo da nossa história.

Eusébio Pinto Neto, Presidente da Federação Nacional dos Frentistas.