80% do quadro adere à paralisação e dá remédio amargo aos patrões que não quiseram negociar
Os trabalhadores do grupo Eletrobras estão de braços cruzados desde segunda (10), aderindo à greve por tempo indeterminado, após a empresa recusar-se a trazer avanços no acordo coletivo. Segundo o entendimento do Sindicato, a proposta que foi rejeitada pelos trabalhadores abria brechas para a empresa realizar demissões em massa, colocando em risco a carreira dos trabalhadores e o próprio funcionamento do setor elétrico.
Privatizado em 2022, o grupo Eletrobras apresentou uma proposta para a renovação do acordo coletivo, sem incluir uma cláusula de barreira para o número de demissões, além de não contar com tratamento isonômico para o reajuste salarial e para os abonos dos trabalhadores.
Como as reivindicações não foram atendidas e as negociações foram ignoradas, cerca de 80% do quadro paralisou suas atividades, revelando a união dos Eletricitários. Na subsidiária Furnas, a greve é deflagrada em todos os estados em que atua, incluindo a base de São Paulo, onde o Sindicato representa os trabalhadores.
Como não houve sucesso na negociação coletiva, a entidade já entrou com dissídio, e, no momento, aguarda as medidas que serão determinadas pela Justiça do Trabalho. O indicativo do Sindicato é para que os trabalhadores mantenham-se mobilizados e atentos aos próximos passos da luta por dignidade no grupo Eletrobras.
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