Indignados com o fechamento da planta da Toyota de São Bernardo do Campo, trabalhadores da empresa se reuniram em plenária no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e fizeram passeata, na manhã de quinta (7). Eles caminharam pela rua Marechal Deodoro até a Praça da Matriz, principal ponto comercial da cidade.

O Sindicato buscou conversar com a população, alertando sobre os impactos que a decisão pode trazer para a região. “Não são somente os trabalhadores e suas famílias que perdem, o comércio perde, todo mundo perde. A Toyota não demonstra a menor responsabilidade com quem produziu a riqueza dessa fábrica aqui no Brasil. Estamos lutando por empregos”, declarou durante a passeata o presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.

Empresa – Após assembleia na manhã de quarta (6), quando os trabalhadores aprovaram que o Sindicato protocolasse pedido de reunião oficial com a montadora, a conversa com o presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, foi realizada no período da tarde. A Toyota reiterou a posição do fechamento da empresa.

O pedido do Sindicato é pela abertura de uma mesa de negociação que reúna representantes dos trabalhadores, da empresa, entes governamentais e entidades. “Não é possível que a Toyota falasse o tempo todo que a planta era rentável e produtiva, agora anuncia o fechamento de forma unilateral e não se dispõe a buscar alternativas”, diz Wellington Messias Damasceno, diretor dos Metalúrgicos do ABC.

Ele completou: “A nossa posição não é intransigente. Sempre solicitamos a negociação sobre o futuro da planta e a Toyota se negava a fazer porque dizia que a fábrica estava bem. Os trabalhadores estão incrédulos e indignados. Temos que esgotar todas as possibilidades de negociação. A nossa luta é pela suspensão da decisão, que é o mais coerente”.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

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