Trabalhadores das empresas de suco no Estado de São Paulo podem entrar em greve a partir do dia 17, se não avançarem as negociações coletivas. Na quarta reunião com representantes patronais, segunda (10), os dirigentes da categoria rejeitaram proposta de reajuste de 4% – reivindicam 6%.
As negociações são conduzidas pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação no Estado (Fetiasp). “O setor de sucos paulista é líder mundial em produção e faturamento. Tem todas as condições de atender ao pleito”, afirma o presidente Antônio Vitor.
Ele destaca informações da Secretaria de Comércio Exterior, compiladas pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, sobre o faturamento das empresas. A receita das exportações de suco concentrado e congelado do Brasil cresceu 16% na safra 2022/23, que terminou em 30 de junho, indo a US$ 2,04 bilhões.
Estão em SP as bases das três gigantes do suco brasileiro e mundial – Cutrale, Louis Dreyfus e Citrosuco – além de outros grupos de peso. As empresas são representadas pelo Sicongel (patronal).
REIVINDICAÇÕES – As negociações estão atrasadas, pois a data-base é maio. Além do reajuste de 6%, a categoria pleiteia Piso salarial de R$ 1.848,00, contra R$ 1.744,34 oferecidos pelos empresários. Cesta Básica é outro item em debate. Os representantes dos trabalhadores reivindicam aumento de 20%, maior que os 8% oferecidos nas negociações.
“Estamos mobilizando as bases, em cada município onde as empresas têm unidades. Se até o dia 17 não houver avanços, assembleias vão decidir sobre a paralisação”, garante Antonio Vitor.
Artur Bueno de Camargo, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação (CNTA Afins) manifesta apoio às justas reivindicações dos trabalhadores d setor.
MAIS – Acesse o site da Fetiasp.