Na época, o programa dominical de Silvio Santos era um fenômeno de audiência. Numa de suas edições, participou o jovem Luiz Inácio da Silva (Lula), recém-saído das greves metalúrgicas e ainda carimbado como radical de esquerda.
Esse fragmento do vídeo mostra o jurado Sérgio Malandro fazendo pergunta a Lula. A argumentação de Malandro era mais ou menos essa: Há muitos candidatos, mais de 20; a maioria não tem preparo; pessoas preparadas estão desgostosas da política e abrem mão de concorrer. Por que Lula concorre, então?
Sem abalo, o candidato petista diz, após lembrar “que só tenho o curso primário e a formação profissional no Senai”. Lula argumenta: 1) Foi designado pelo partido; 2) Mais pessoas devem participar da política, se não o processo político será conduzido pelos mesmos, de sempre; 3) Não basta votar. É preciso participar. É preciso ter consciência política. É preciso que a sociedade brasileira tenha influência nas decisões.
Quanto aos trabalhadores, ele diz: “Chega de acordar às seis da manhã, e só trabalhar, trabalhar, trabalhar. É preciso que o povo mais pobre também ajude a governar este País”.
Lula com muita verve, nos anos verdes anos. Vale a pena.
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