Aldir Blanc Mendes, médico formado pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (Unirio), com especialidade em psiquiatria, seguiu sua paixão, que era a música, tendo composto cerca de 600 músicas, com parceiros como: João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Cristovam Bastos, Maurício Tapajós, Carlos Lira, entre outros.
Dentre as maravilhas compostas por ele, confesso minha queda por “O Bêbado e a Equilibrista”, “O mestre-sala dos mares”, “Vida noturna”, “Dois pra lá, dois pra cá”, entre tantas outras. Morreu de Covid-19, mas suas músicas, verdadeiros poemas, nos trazem reflexão até hoje.
Não escreveu sobre “emergencial”, muito embora, seja o patrono da Lei nº 1.075 de 2020, que cria ações de socorro a artistas e à cultura durante a pandemia, que aprovada no Congresso Nacional aguarda sanção presidencial.
O setor cultural tem aproximadamente 3 milhões de profissionais e responde por algo em torno de 3 a 5% do PIB. É o momento do novo secretário Especial de Cultura, o ator Mário Frias, empenhar-se na defesa da causa desses profissionais. Essa é sua função. Olhar para a cultura e ter consciência de que a promove.
O Movimento Sindical Brasileiro se une aos Sindicatos ligados à Arte, para organizar um grande mutirão em busca de cadastrar esses profissionais, ajudando assim a agilizar, sem qualquer ônus para o Estado, e buscando eliminar os oportunistas que sempre aparecem para levar vantagens indevidas.
Senhor Presidente, tudo vai passar, o Brasil vai sobreviver a tudo e a todos, e com certeza: Azar, A esperança equilibrista, Saber que o show de todo artista, Tem que continuar.