Esperado por milhões de famílias, o novo Auxílio Emergencial não terá o mesmo impacto na economia e na vida das pessoas, como em 2020. Neste ano, o benefício teve valor reduzido e será pago a menos brasileiros.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou quinta (18) Medida Provisória que institui a nova rodada do Auxílio.

Vão ser quatro parcelas de R$ 150,00 a R$ 375,00 para 46 milhões de pessoas. Valor médio, R$ 250,00.

Segundo o movimento Rede Renda Básica, com o novo teto de R$ 44 bilhões, definido pela PEC Emergencial, aprovada na Câmara segunda (15), mais de 17 milhões de brasileiros ficarão sem o novo Emergencial.

Para Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de SP e da UGT, os impactos serão sentidos por toda a sociedade, não só por quem necessita do benefício. “Na primeira etapa, o Auxílio foi fundamental pra manter economia e comércio aquecidos. As pessoas usam esse dinheiro pra se alimentar e comprar medicamentos. O valor de R$ 600,00, conquistado após muita luta e pressão das Centrais, conseguiu evitar uma queda maior do PIB e manter empregos”, afirma o dirigente.

“Agora, com R$ 150,00, como as pessoas vão sobreviver?” questiona. “Esse valor não compra nem a cesta básica. Como uma família sobrevive com R$ 250,00, que é o valor médio? Ou seja, vai agravar o desemprego, principalmente no comércio”, Patah completa.

Doria – Dia 18, dirigentes entregaram Carta ao governador de SP, João Doria, com propostas de “pra ampliar e aprofundar o lockdown em todo o Estado, inclusive antecipando feriados, renovando-o se necessário, a fim de inverter a curva de contágios e de mortes”.

Agenda – Nesta semana, representantes das Centrais Sindicais se reúnem com os governadores do Nordeste. Segundo Patah, eles também devem se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), visando elevar o Auxílio para R$ 600,00.

Mobilização – Dia 24, as Centrais promovem grande mobilização, chamada Lockdown Pela Vida. A ideia é manter trabalhadores em casa, por vacina pra todos, Auxílio Emergencial de R$ 600,00, emprego e renda. “Defendemos essa pauta concomitante com a vacinação.

Pouco adianta ter Auxílio, se não tiver vacina para todos”, diz Patah.

Mais – Acesse – www.comerciarios.org.br.