Compromissos em Brasília e com o Brasil – Josinaldo José de Barros

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Não vou com frequência a Brasília. Mas na semana passada cumpri duas extensas agendas na Capital, de quarta a sábado.
Quarta, 22, participei com nosso Sindicato da Plenária das Centrais Sindicais. Foi um dia de atividades intensas e produtivas. As Centrais atualizaram a Pauta Unitária da Conclat e também se reuniram com parlamentares e membros do governo.
Quinta, sexta e sábado, participei do VI Congresso Nacional do PDT, partido no qual milito e cujo diretório municipal presido, em Guarulhos. Foi um evento rico em debates e resoluções do interesse da Nação.
A pauta renovada da Conclat acrescenta importantes reivindicações ao governo, à classe patronal e ao Congresso Nacional. O documento de 24 itens será publicado em nosso site para conhecimento da categoria.
Já o PDT aprovou um documento amplo, centrado no desenvolvimento nacional, fortalecimento da indústria, valorização do trabalho e necessidade de mais avanços sociais e trabalhistas. Publicarei nas minhas redes sociais, pra quem se interessar.
Tendo em vista o que expus nos parágrafos acima, fica a pergunta: o que sindicalismo e política têm em comum? Em que pontos ambos convergem ou divergem?
Convergem quando um ou mais partidos dialogam com o movimento sindical, debatem nossa pauta e assumem compromissos. E divergem quando os políticos recusam o diálogo e, sem debater, rejeitam as demandas trabalhistas.
Dito isso, alerto ser falsa a tese de que não há mais esquerda e direita, que tudo está junto e misturado. Não é verdade. A esquerda defende a justiça, a inclusão social, os direitos e a proteção dos mais fracos pelo Estado. A direita deixa tudo nas mãos do mercado e vê a exclusão social como um processo natural.
O que não ajuda na política nem no movimento sindical é o radicalismo. Por isso, temos que isolar os radicais, especialmente a extrema direita – essa aí que lança fake news até durante as enchentes no Rio Grande do Sul, prejudicando o socorro às vítimas.
Na democracia, as organizações da sociedade, do mercado e do Estado precisam dialogar e assumir responsabilidades com os interesses maiores do povo. Assim sendo, sindicalismo e partidos têm a obrigação de buscar pontos de convergência e políticas que beneficiem o interesse público.
Por fim, quero saudar a maturidade das Centrais Sindicais, que souberam renovar a Pauta da Classe Trabalhadora aprovada na Conclat 2022. Também parabenizo os membros do PDT pela seriedade com que trataram de questões ligadas aos direitos dos trabalhadores, à Previdência, ao desenvolvimento do País, à democracia, ao emprego e à soberania nacional.
 
Solidariedade – Aproveito este espaço pra reforçar o apelo de ajuda ao povo gaúcho. Aliás, a reconstrução do Rio Grande do Sul foi tema da Plenária das Centrais e também do Congresso do PDT. As arrecadações continuam sendo recebidas nas sedes (Sindicato e PDT – Guarulhos).

Josinaldo José de Barros (Cabeça) – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Diretoria Metalúrgicos em Ação.