O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta semana que o governo pretende privatizar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) até julho de 2022. Ele aponta que essa data é estimada após levar consideração a aprovação da proposta no Congresso e a avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU).
“Caso seja aprovado no Senado, o projeto vai pra uma consulta pública. Depois, o governo demora em torno de 30 dias pra encaminhar o edital para o TCU, que deve demorar de 30 a 90 dias, até voltar para o governo realizar a privatização”, disse o ministro.
Ainda segundo ele, a pressa para privatizar os Correios é porque a empresa tem perdido receitas e, caso não seja feita agora, não haverá mais interesse da iniciativa privada em adquirir a estatal.
“É a última janela que nós temos. Tenho certeza do que estou falando, não temos condição nenhuma de voltarmos a discutir a privatização dos Correios daqui três, quatro anos. Ninguém vai ter interesse”, avaliou Fábio Faria.
Contraponto – O discurso do ministro das Comunicações serviu para mobilizar os trabalhadores, que defendem a empresa pública e sua soberania. Agora, os funcionários da ECT tentam diálogo no Congresso Nacional.
De acordo com Esmeralci Silva, dirigente do Sindicato do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), é necessário força e unidade neste momento. “Precisamos retomar com força e unidade a mobilização sobre os Senadores, fazendo pressão nas redes sociais, nas ruas, nas bases eleitorais e nos gabinetes”, afirma.
O dirigente conta ainda que a mobilização dos trabalhadores tem também a finalidade de mostrar a todos os brasileiros a importância de ter os Correios públicos para o bem de toda a sociedade. “Vamos cobrar que abandonem a proposta, que está na contramão do desenvolvimento e fortalecimento do Brasil”, conclui Esmeralci.
MAIS – Sintect-RJ.